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sábado, 18 de fevereiro de 2012

Lei da Ficha Limpa sabiamente derruba outras manchetes de jornais

Um dia após a sentença de Lindemberg Alves, acusado de matar a ex-namorada Eloá Cristina Pimentel, ser divulgada, os jornais O Globo, Estadão e Folha de São Paulo noticiaram o caso em suas versões impressas, mas não na manchete. Ao invés da notícia sobre a decisão do júri em Santo André (SP), as publicações voltaram a cobertura para o que aconteceu em Brasília e deram destaque, em suas primeiras páginas, à decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que decidiu que a Lei da Ficha Limpa já valerá para as eleições deste ano.

Assinada por Felipe Recondo e Mariângela Galluci, a reportagem do Estadão sobre o julgamento no STF informa que o órgão considerou a lei contra os “fichas-sujas” constitucional. O conteúdo do veículo em relação ao tema ocupa a página A4 da edição desta sexta-feira, 17, e apresenta um box para tirar as dúvidas sobre a “Ficha Limpa” – lembrando que políticos condenados pela Justiça disputem eleições, a cronologia da discussão no Judiciário – iniciada em setembro de 2009, e cita que o ex-senador pelo Distrito Federal, Joaquim Roriz (PSC), está inelegível  até 2013.

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Lei da Ficha Limpa foi manchete em O Globo, no Estadão e na Folha.
Mesmo sem ser a manchete do jornal do Grupo Estado, o desfecho do julgamento de Lindemberg, que duro quatro dias, ocupou mais páginas do que a Lei da Ficha Limpa. Publicada no ‘Metrópole’, a matéria de Adriana Ferraz e Arthur Rodrigues e intitulada “Lindemberg é condenado a 98 anos de prisão, mas vai cumprir no máximo 26” ocupa por completo a primeira página do caderno. A reportagem relembra as mais de 100 horas que Eloá ficou sob domínio do réu-confesso, em outubro de 2008. Além disso, a relação da promotoria e da defesa rendeu outro texto, também de uma página.

Diferentemente do Estadão, a Folha deu mais espaço à matéria da manchete do que ao assunto referente a sentença de Lindemberg – que foi inserida no caderno ‘Cotidiano’. A decisão do STF ocupou uma página e meia da seção ‘Poder’ e contou com a coluna de Eliane Catanhêde e artigo de abordando o mesmo assunto. A reportagem principal do jornal sobre a Lei da Ficha Limpa foi assinada por Felipe Seligman e Nádia Guerlenda traz o placar da votação no STF. A publicação mostra que sete ministros votaram a favor da lei, enquanto quatro foram contrários. 

Comparado com Estadão e Folha, o carioca O Globo foi quem mais deu espaço à matéria da manchete.  A decisão do Supremo em validar a Lei da Ficha Limpa rendeu três reportagens ao diário, além de servir de “matéria-prima” para a coluna de Merval Pereira, que destacou que “o passado condena”, fazendo alusão ao item da lei que barra os políticos já condenados. O jornal considerou a votação como “decisão histórica” realizada depois adiamentos. Para a produção das reportagens, o veículo contou com Jailton Carvalho, André de Souza, Cássio Bruno, Roberto Maltchik e Tatiana Farah. “Lindemberg é condenado” ocupou pouco mais de meia página do periódico.

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