Em mensagem de vídeo,
enviada à reunião em Genebra, Secretário-Geral da ONU pediu o fim da violência
a gays, lésbicas, bissexuais e transexuais; ao menos 76 países criminalizam
relações com pessoas do mesmo sexo.
Ban Ki-moon
Mônica Villela Grayley, da Rádio
ONU em Nova York.
O Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas
realiza, nesta quarta-feira, uma sessão especial para debater casos de
violência e discriminação baseada na opção sexual.
Em mensagem de vídeo, o Secretário-Geral da ONU,
Ban Ki-moon, disse que a discriminação a gays, lésbicas, transexuais e
bissexuais é uma “violação grave da lei internacional.”
Locais de Trabalho
Ban afirmou que os países precisam combater a
violência deste tipo, descriminalizar relações consensuais entre pessoas do
mesmo sexo e educar a população sobre o tema.
Durante a sessão, em Genebra, a ativista brasileira
Irina Karla Bacci falou sobre alguns dos preconceitos sofridos.
“Estudos realizados pelo Centro Latino-Americano de
Sexualidade e Direitos Humanos informam que a discriminação é maior nas
famílias, em comunidades e espaços educacionais. Violações também são comuns
nos serviços de saúde e no mercado de trabalho.
Transformação
Este contexto contínuo significa que temos que
continuar investindo na transformação de nossas culturas nos espaços públicos,
mas também privados.”
Em todo o mundo, pelo menos 76 países criminalizam
relações sexuais entre pessoas do mesmo sexo. A alta comissária de Direitos
Humanos da ONU disse que essas medidas só desrespeitam a legislação
internacional, mas também causam sofrimento desnecessário, além de minar a luta
contra o HIV.
Países Islâmicos
Ao discursar na sessão, em nome da Organização da
Conferência Islâmica, OCI, o representante do Paquistão, Muhammad Saeed Sarwar,
afirmou se opor ao tema, uma vez que “o conceito de orientação sexual é vago,
enganoso e sem base no direito internacional.”
Saeed Sarwar afirmou que a Conferência Islâmica é
contra a tentativa de estabelecer nas Nações Unidas uma definição para
“orientação sexual”.
De acordo com a página da OCI na internet, o grupo
inclui 57 países-membros, entre eles os lusófonos Guiné-Bissau e Moçambique.
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